quarta-feira, 29 de julho de 2015

Lendo Vinícius, apreciando Miró.

Miró fazendo arte na praia.

Ando flertando Vinícius. Quero ouvir suas músicas, ler seus poemas e conhecer sua vida. Sei pouco a seu respeito, bem pouco. Do que li ou assisti me chamou a atenção o apego que tinha por seus amigos numa relação que beirava a dependência.


"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles"
Amigos - Vinicius de Moraes


Aliás, do pouco que sei, era viciado em amor. Ouvi um depoimento do Chico que dizia que quando Vinícius amava uma mulher, tinha que casar com ela. Viveu intensamente a vida até ser consumido por ela.

Fui recentemente ver a exposição de Miró. Sem vergonha em admitir que conhecia ainda menos a respeito desse grande artista. Às vezes a ignorância é uma dádiva pois temos a oportunidade de encarar o desconhecido com o olhar de encantamento da criança que descobre as belezas do mundo de forma ingênua e pura. Foi uma experiência incrível! Ver o belo pelo belo, sem me preocupar com concepções.

Miró fez arte na praia, no ferro esculpido, na madeira, no tecido ou no papelão, pintando no chão, todo curvado. Completamente desapegado de normas; criando não importa onde ou como.

Artistas tão distintos, com seus apegos ou desapegos. Porém de uma coisa tenho certeza: tinham um caso de amor com a vida. Trabalharam com paixão até o último suspiro.

Quando crescer, quero ser um pouco, só um pouquinho, como eles.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Do que sinto falta...

Flor do Jardim Botânico em Curitiba



Da flor que só abre na primavera.
De dançar mesmo quando os pés não acompanham minha energia.
Da jabuticaba que ainda não frutificou.
De rir sem parar até faltar o ar.
Do sol num dia frio de inverno.
Do amigo que não encontro.
Do sorriso aberto que se foi e retenho na lembrança.
Do cheiro de comida de vó.
Dos pés descalços na areia da praia.
Da resposta que nunca chegou.
De uma longa viagem.
Das gracinhas da pequena sobrinha.
Do filme que não acho em lugar nenhum.
Da história lida que chegou ao fim.
Do último pedaço do doce preferido.
Do cheiro da chuva.
Do som da MPB ao violão.
Do abraço carinhoso. 
Do coração acelerado.

Das pequenas coisas, das lembranças que sempre me fazem sorrir.