domingo, 11 de setembro de 2016

"Quando a gente ama, simplesmente ama."

"Me apaixonei por um olhar
Por um gesto de ternura
Mesmo sem palavra
Alguma pra falar"
(M. Barbosa, N. Bernardes, B. Barretti, F. Caetano)



Sempre que vê, ela compra o bombom Alpino. Lembra dele comendo e tomando café. Come sempre em duas mordidas. Fecha os olhos, espera o amargo do café derreter o chocolate. Sussurra um: "huumm!!" e sorri. O prazer é dela.

Na hora da fominha da tarde ele pede um bolo. Ela nunca, pois gosta das garfadas do bolo dele. É assim desde o namoro. Ele come primeiro o fundo do bolo, aquela casquinha. Deixa para ela a parte de cima. A melhor.

Ela não é fã de feijão mas faz todo domingo para ele. Gosta de ouvir: "basta seu feijão e seu arroz! Não precisa fazer mais nada."

Na primeira noite juntos, ele dormiu segurando a mão dela.

Ela sempre gostou de fotografar flores e árvores. Quando o dia está cinza, frio, chuvoso e ele está exausto do trabalho, ela manda essas imagens para ele. Ele prefere os Ipês e as Orquídeas.

Nem sempre conseguem se falar durante o dia. Então ele manda uma mensagem de voz. Foi a primeira coisa que chamou a atenção dela: a voz. Ele passa horas falando. Ela passa horas ouvindo.

Ela faz uma lista de filmes para assistirem.

Ele faz a barba e fica com o rosto todo ferido mas pode beijar a nuca dela sem machucá-la.

Cada um tem seu jeito de amar. Eu prefiro os pequenos. Pequenos gestos.